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19 de julho de 2013

Noite interminável!


Existem momentos na vida, que de tão frustrantes, tristes e desoladores nos fazem sentir vazios por dentro! Momentos que nos fazem perder o norte, momentos em que perdemos o nosso porto de abrigo, momentos que deixam de ser momentos e passam a marcas permanentes, tal e qual tatuagens que para sempre nos seguem quando olhamos ao espelho, quando nos vemos a nós próprios... É nestes momentos, momentos em que olhamos para os nossos erros, para os nossos defeitos... Nestes momentos, mais que em quaisquer outros, vemos que erramos demais, temos tantas e tantas imperfeições! Tanta e tanta coisa que mudaria sem pensar, mudaria para ter o que mais quero e desejo... Mas não e possível mudar o que somos na nossa essência.


Vemos os nossos maiores sonhos esvanecerem como se de fumo se trata-se, vemos o quão precário o nosso modo de vida é, percebemos que perdemos uma oportunidade de uma vida e mesmo assim, percebemos que de tudo o que somos e que todas as nossas virtudes, não são suficientes para fazer com que seja diferente, não são suficientes para tornar um sonho realidade.
Ser feliz não depende apenas de mim, hoje percebo isso.
Cheguei, amei e fui amado... Vi a paixão desaparecer, lutei para tal não acontecer! E a paixão renasceu, mudei e fui mudado, cresci e assim voltei a ser amado... Então, vi o amor desaparecer, não pelo que fui, não pelo que sou, mas porque entre o que fui e o que sou, nunca fui suficiente... Então fiquei frustrado! Lutei para o amor renascer, mas ao contrário da paixão, esta luta foi em vão! Acabei a amar, sem ser amado...

Sejam felizes...

16 de julho de 2013

Remar, na direção certa!

Hoje senti uma estranha urgência de escrever... Como se o ar estivesse seco de mais para falar! E até está, abafado e quente... Mas escrevo por algo mais! Incompreensão, pura e total. Agora que leio e releio o meu blog, percebo que este passou a ser quase um confidente de ideias e confusões que a vida me vai dando! Fico feliz por ter este quase confidente pronto a recordar palavras escritas, sentimentos duradouros. Desta vez venho falar de frustração...


Quando era pequeno, muitas vezes ia para o campo grande em Lisboa com o meu pai. O que eu preferia? Era mesmo andar de barco a remos. Aí aprendi que um daqueles pequenos barcos pode ser remado por uma ou duas pessoas, uau que descoberta na altura, aprendi também que com apenas uma pessoa o barco seguia o seu rumo facilmente, apesar do cansaço que era fazê-lo e as dores de braços ao chegar a casa... Era sempre a maior das frustrações tentar coordenar o movimento com o meu pai, apenas e só para o barco seguir minimamente a direito e nem falo no curvar, aí cada um remava para o seu lado e o barco... Simplesmente ficava no mesmo lugar, às voltas sobre si mesmo! Hoje percebo que o que aprendi naquele lago é uma lição de vida. Hoje compreendo que a vida pode ser vivida a um ou a dois, que sozinhos seguimos na nossa direção, fácil e simples, mas monótono e triste! Com duas pessoas é preciso imensa coordenação e um adaptar continuo a tudo o que vai acontecendo, e, no final caso seja preciso alguma mudança (de direção ou não), é a maior das confusões. Acabamos sempre com duas opções, ou ficamos a rodar sobre nós mesmos, ou um dos dois toma a iniciativa e rema sozinho.
Uma vez por outra vejo o barco às voltas e tento remar de forma coordenada... De forma a seguir em frente, ou fazer a tal curva que de fácil não tem nada. Afinal de contas, não tem piada nenhuma remar sozinho... O desafio de chegar ao final depois de um esforço conjunto e coordenado é tão mais recompensador! E no final, não podemos esquecer, dois a remar para o mesmo lado vão sempre ter vantagem sobre quem rema sozinho...

Como curiosidade coloco aqui os records mundiais de remo(Hihi):

Skiff simplesRumyana Neykova (BUL)7min07s712002
Skiff duploNova Zelândia6min38s782002

Cumprimentos a todos, João Bento!